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Palmas registra pico de internações por Covid-19
Número de internações entre 14 e 20 de março de 2021 foi 82% superior ao número de internações de período crítico da pandemia em 2020 na Capital.
Thomas Hessel - Palmas, TO
| Atualizado em
Palmas, TO - Apesar de o monitoramento da Covid-19 na Capital ter apontado para uma desaceleração da transmissão do novo coronavírus na última semana, o cenário ainda não é otimista. Na mesma semana em que houve menos casos novos de Covid-19, Palmas atingiu o pico de internações hospitalares pela doença. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (Semus), na semana entre o dia 14 e 20 de março de 2021, a semana epidemiológica (SE) 11, houve 278 internações pela doença, maior número de hospitalizações na Capital desde o início da pandemia.
O dado é 82% maior que as 152 internações de pacientes com Covid-19 registradas entre 30 de agosto e 05 de setembro de 2020 (SE 36), primeiro pico de internações na Capital e período de concentração de novos casos da doença naquele ano.
Cenário mais grave
Os números de internação mostram apenas um recorte do impacto da doença no sistema de saúde. Enquanto há menos casos novos em função da menor circulação de pessoas, em cumprimento de medidas restritivas em vigência desde 06 de março de 2021, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais ainda administram um fluxo intenso de pacientes graves.
“Estamos vivendo uma realidade diferente do ano passado. Hoje os pacientes são mais jovens e, em razão do quadro mais grave, necessitam de mais tempo de internação. A evolução varia caso a caso. Temos visto agravamento acontecer entre o terceiro e o décimo dia de sintomas”, acrescenta o diretor técnico da UPA Sul, José Carlos de Carvalho Miele.
A diretora de Alta e Média Complexidade da Semus, Ludmila Nunes, explica que casos mais graves exigem maior tempo de internação. “Acompanhando os leitos que o Município credenciou, percebemos que esse tempo de internação pode chegar a alcançar 15 a 25 dias. Essa internação mais longa torna mais lenta a rotatividade dos leitos”, afirma.
Leitos pós-Covid
Para enfrentar essa mudança de cenário, o Município credenciou 15 leitos clínicos em rede privada. Cinco deles atenderão pacientes que depois da alta de unidade de tratamento intensivo (UTI) Covid necessitem de assistência médica e monitorização contínua. São os chamados leitos pós-Covid. Até a manhã desta terça-feira, 23, dois dos cinco leitos pós-Covid já estão ocupados.
A Semus ainda realiza negociações para ampliar a oferta de leitos exclusivos para Covid-19 em unidades próprias e em hospitais privados credenciados ao Município. Atualmente, alem dos 15 leitos clínicos citados acima, Palmas tem credenciados em unidades privadas 15 leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI). O Município dispõe ainda de 47 leitos de estabilização, 16 deles na UPA Sul e 31 na UPA Norte. Para as próximas semanas outros 31 leitos de estabilização estão previstos.