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Começa a vacinação contra HPV em Palmas no TO

O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres

04/02/2019

| Atualizado em

04/02/2019

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Começa a vacinação contra HPV em Palmas no TO

Palmas, TO - No Dia Mundial de Combate ao Câncer, 04 de fevereiro, a Secretaria de Saúde de Palmas (Semus) alerta sobre a importância da imunização contra o vírus do papiloma humano (HPV). A vacina que previne contra o HPV contribui para redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres e câncer de pênis, ânus, verrugas genitais, boca e orofaringe nos homens, está disponível nos Centros de Saúde da Comunidade de Palmas, para meninas de 09 a 14 e meninos de 11 a 14 anos.


O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de seis meses. “A vacina foi desenvolvida após inúmeras pesquisas e é totalmente segura e eficaz. A longo prazo o objetivo é prevenir o câncer de colo de útero e a imunização antes do início da vida sexual é fundamental para essa proteção”, explica a médica de saúde da família e comunidade, Adna Oliveira.
Quem não deixou a vacina para depois foi o adolescente, Dante Ferraz, 14 anos. “Eu vim me prevenir e tem muita gente que não vem por medo, preconceito ou até pelas notícias falsas espalhadas na internet sobre a vacina. Essa já é a minha segunda dose e foi super tranquilo, não senti nada”, conta.


O câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Foram 16,3 mil novos casos no ano passado e 5,7 mil mortes. No mundo, mais de 300 mil mulheres morrem a cada ano vítimas da doença.

 

Prevenção

Pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde há vacinação desde 2006, apontou redução de 88% da infecção oral por HPV. Estudo realizado com homens de 18 a 70 anos do Brasil, México e Estados Unidos, aponta que os brasileiros têm mais infecção por HPV que mexicanos e norte-americanos, com índices de 72% no Brasil, 62% no México e 61% nos Estados Unidos. A pesquisa apontou ainda que a incidência de câncer do pênis no país é três vezes maior que entre os norte-americanos.